Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram a terça-feira (8) em baixa, pressionados pelo bom andamento da safra norte-americana e pela ausência de avanços nas negociações comerciais com a China. Segundo análise da TF Agroeconômica, a falta de compras por parte do principal importador mundial preocupa exportadores dos EUA e contribui para o pessimismo no mercado.
O contrato de agosto da soja, referência para a safra brasileira, recuou 0,99%, ou 10,50 cents por bushel, fechando a US\$ 1021,25. Já o vencimento de setembro caiu 0,49%, encerrando a US\$ 1008,50. No mercado de derivados, o farelo de soja para agosto caiu 0,55% (US\$ 1,50/ton curta), cotado a US\$ 270,70, enquanto o óleo de soja subiu 0,32% (US\$ 0,17/libra-peso), atingindo US\$ 54,11.
Apesar da venda pontual de 144 mil toneladas de farelo para as Filipinas anunciada pelo USDA, o ritmo geral das exportações segue fraco. O Departamento de Agricultura dos EUA informou que 66% da safra de soja está em boas ou excelentes condições, alinhado à média dos últimos cinco anos. A previsão de chuvas favoráveis no cinturão agrícola americano também limitou qualquer tentativa de reação nos preços.
No cenário global, a postura da China de evitar as compras de soja americana, em meio à disputa tarifária com os EUA, tem favorecido o Brasil como fornecedor, embora pressione negativamente as cotações na CBOT. E 8% das plantas estão formando vagens, em comparação com 3% na semana anterior; 8% em 2024; e a média de 6%. A conjuntura aponta para um mercado ainda volátil, atento ao clima nas lavouras e aos desdobramentos da guerra comercial.