A soja encerrou a semana em alta na Bolsa de Chicago (CBOT), impulsionada por fatores externos e expectativas políticas nos Estados Unidos. Segundo a TF Agroeconômica, o contrato de agosto, referência para a safra brasileira, subiu 0,19%, fechando a US\$ 10,55/bushel. O vencimento de setembro teve alta de 0,14%, encerrando a US\$ 10,41/bushel. No mercado de derivados, o farelo de soja para agosto avançou 0,22%, cotado a US\$ 277,40 por tonelada curta, enquanto o óleo de soja caiu 0,85%, fechando a 54,55 centavos de dólar por libra-peso.
A valorização da oleaginosa foi sustentada por rumores de possíveis compras chinesas, ainda não confirmadas nos relatórios de vendas do USDA. Além disso, o mercado aguarda um possível anúncio favorável ao setor agrícola por parte do ex-presidente Donald Trump, durante um evento em Iowa, estado-chave da produção rural americana. A decisão do governo argentino de elevar as tarifas de exportação também influenciou positivamente as cotações, ao provocar queda nas declarações de vendas externas do país vizinho.
As vendas americanas para exportação aumentaram 25,45% na semana, somando as duas safras disponíveis. O USDA também reportou vendas diárias de 226 mil toneladas de soja e 195 mil toneladas de farelo, contribuindo para a valorização dos preços. No Brasil, a ANEC revisou para baixo as estimativas de exportação de soja e farelo para junho. Na Argentina, a colheita foi concluída com produção de 50,3 milhões de toneladas, alta de 15% sobre a média dos últimos cinco anos. No acumulado semanal, a soja subiu 2,15%, o farelo 0,70% e o óleo 3,94%.