Os contratos futuros de milho encerraram a quarta-feira em alta na B3, refletindo a recuperação dos preços em Chicago e a confirmação da redução nas vendas externas da Argentina. Segundo a TF Agroeconômica, a valorização também foi sustentada por fatores como o atraso na colheita brasileira, elevação nos custos logísticos e a queda nas expectativas de exportação para junho, que foram reduzidas em 46% pela Anec.
Apesar da pressão do dólar desvalorizado sobre a competitividade do milho brasileiro, o mercado futuro reagiu positivamente: o contrato julho/25 subiu R\$ 0,27, fechando a R\$ 62,51; setembro/25 subiu R\$ 0,67, a R\$ 62,61; e novembro/25 avançou R\$ 0,51, cotado a R\$ 66,72. No acumulado semanal, apenas o contrato de setembro registrou alta (+R\$ 0,28), enquanto julho e novembro tiveram quedas de R\$ 1,44 e R\$ 0,07, respectivamente.
Em Chicago, o milho também encerrou o dia e a semana com ganhos. O contrato de setembro subiu 0,54% (2,25 cents/bushel), fechando a 420,25, e o de dezembro avançou 0,81% (3,50 cents/bushel), cotado a 437,00. O impulso veio principalmente do aumento de 40,72% nas vendas para exportação, com destaque para a safra nova. O USDA ainda confirmou a venda de 150 mil toneladas para destinos não especificados.
O mercado internacional foi favorecido pelo acordo comercial entre EUA e Vietnã e pela expectativa de novas negociações com a União Europeia e o Japão. O aumento nas tarifas de exportação da Argentina também ajudou a sustentar os preços. Por outro lado, o avanço da colheita brasileira, as boas condições das lavouras nos EUA (com apenas 12% sob seca) e o progresso da colheita argentina (61,7% da área colhida) atuaram como limitadores da alta. Mesmo assim, o milho acumulou valorização semanal de 2,13% (8,75 cents/bushel) em Chicago.