Os contratos futuros de milho encerraram a quarta-feira (2) com oscilações mistas na B3, mas com viés levemente positivo, impulsionados pelo desempenho da Bolsa de Chicago. Segundo análise da TF Agroeconômica, o mercado brasileiro se beneficiou de um fôlego vindo do exterior após uma sequência de quedas nas duas praças. No entanto, fatores internos continuam pesando: os atrasos na colheita da safrinha estão comprometendo a logística em diversas regiões, o que tem elevado os custos com frete e dificultado tanto o escoamento do milho para os portos quanto a renovação de estoques da indústria.
Essa conjuntura tem resultado em retração por parte dos vendedores, que preferem aguardar melhores condições de mercado, enquanto os compradores se mostram cautelosos, evitando elevar suas ofertas. Com isso, os preços seguem variando dentro de uma faixa lateral estreita, sem tendência clara de alta ou baixa no curto prazo. Na B3, os principais vencimentos fecharam em baixa: julho/25 foi cotado a R\$ 62,24 (queda de R\$ 0,46 no dia e de R\$ 1,33 na semana), setembro/25 fechou a R\$ 61,94 (baixa de R\$ 0,39 no dia e R\$ 1,51 na semana), enquanto novembro/25 encerrou a R\$ 66,21 (recuo de R\$ 0,22 no dia e de R\$ 1,01 na semana).
No cenário internacional, os contratos de milho em Chicago registraram alta significativa. O vencimento de setembro subiu 2,96%, encerrando a US\$ 418,00 por bushel, e o de dezembro avançou 2,73%, fechando a US\$ 433,50 por bushel. A valorização foi sustentada por compras técnicas e pelo avanço dos fundos diante de preços considerados baixos nas sessões anteriores. Além disso, o mercado reagiu positivamente à confirmação de um acordo comercial entre os Estados Unidos e o Vietnã, com estimativa de importação de até 12,7 milhões de toneladas na safra 2025/26, segundo o USDA.