Segundo dados da TF Agroeconômica, os contratos futuros de milho encerraram esta quinta-feira em baixa na B3, acompanhando o movimento de queda das cotações em Chicago. O principal fator de pressão é a consolidação de uma boa colheita do milho safrinha no Brasil, especialmente nas regiões Centro-Oeste e Norte, o que vem pesando sobre os preços desde abril, apesar de algumas recuperações pontuais. O mercado também aguarda os próximos relatórios de oferta e demanda da Conab e do USDA, que devem indicar aumento na produção.
Na B3, os fechamentos do dia refletiram esse cenário: o contrato para julho/25 terminou cotado a R$ 64,73, com queda de R$ 0,19 no dia e de R$ 2,56 na semana; o mesmo vencimento em agosto fechou a R$ 65,65, recuando R$ 0,22 no dia e R$ 2,13 na semana; já o contrato para setembro/25 fechou em R$ 68,01, queda de R$ 0,16 no dia e R$ 2,62 na semana.
Em Chicago, a pressão também veio do avanço do plantio nos Estados Unidos e do início da colheita na América do Sul. O contrato de julho, referência para a safra de verão brasileira, caiu 0,44% ou $1,75 cents/bushel, fechando em $447,50. Outro contrato para o mesmo mês encerrou com queda de 0,70% ou $3,00 cents/bushel, cotado a $426,50. Apesar de bons dados de demanda divulgados pelo USDA, o mercado segue ignorando essas informações e reage com cautela diante da perspectiva de uma grande safra americana.
Ainda que haja perspectivas positivas em acordos comerciais, como com o Reino Unido e possíveis avanços com o Japão, os EUA precisarão da demanda externa para escoar sua produção e subprodutos. Por ora, o mercado futuro permanece pressionado pela sazonalidade típica do período.