Os preços do café iniciaram essa sexta-feira (09) registrando ganhos moderados nas bolsas internacionais.
Segundo informações do portal internacional Bloomberg, em meio à alta volatilidade, os comerciantes avaliam as melhores perspectivas de oferta para uma variedade de grãos mais barata. "A perspectiva de fornecimento está melhorando, especialmente para grãos robusta com as exportações do Vietnã aumentando 11% em abril e os embarques de Uganda aumentando nesta temporada, apoiando os estoques monitorados pela bolsa", destaca ainda a publicação.
De acordo com representantes da Illycaffè, a queda esperada da safra de café arábica do Brasil em 2025 não deve ser tão grande, uma vez que chuvas em abril podem ter ajudado na recuperação dos frutos, ainda que a possibilidade de maior quantidade de grãos chochos deva ser observada. Para o presidente da illycaffè, Andrea Illy, a queda esperada na produção de arábica não justifica o nível de preços altos em Nova York.
O engenheiro agrônomo e consultor em cafeitultura, Jonas Ferraresso, explica que à medida que as discussões atuais sobre preços se desenvolvem, elas também devem levar em conta os constantes aumentos nos custos de produção enfrentados pelos produtores. "Os preços atuais estão apenas agora ajudando a recapitalizar os produtores, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. Embora os cafeicultores possam estar respirando um pouco mais aliviados hoje, uma queda acentuada nos preços pode ser catastrófica a médio prazo para muitas fazendas", explica o engenheiro.
Perto das 8h40 (horário de Brasília), o arábica trabalhava com ganho de 160 pontos no valor de 397,80 cents/lbp no vencimento de maio/25, um aumento de 45 pontos no valor de 387,80 cents/lbp no de julho/25, e uma alta de 40 pontos no de setembro/25 e dezembro/25 no valor de 382,20 cents/lbp e 374,65 cents/lbp.
O robusta registrava queda de US$ 2 no valor de US$ 5,233/tonelada no contrato de maio/25, um avanço de US$ 16 negociado por US$ 5,281/tonelada no de julho/25, um aumento de US$ 19 cotado por US$ 5,232/tonelada no de setembro/25, e uma alta de US$ 21 no valor de US$ 5,171/tonelada no de novembro/25.