Centeio

Histórico

Planta pertencente à família Gramineae, apresenta tolerância ao A13+ e rusticidade, sendo indicada como cultura de inverno para regiões marginais à cultura do trigo em condições de sequeiro, visando à produção de grãos e, em várzea bem drenada, à produção de forragem. Na alimentação humana, os grãos são transformados em farinha para panificação: embora não seja tão branca como a do trigo, é tão nutritiva quanto ela.

O pão, muito saboroso, tem a propriedade de se manter fresco por mais tempo do que o de trigo. Além desse emprego, os grãos são utilizados em destilaria para a fabricação de álcool de boa qualidade. Do ponto de vista de forrageira, a planta pode ser empregada como concentrado na forma de grãos, forragem verde, pastagem, silagem ou feno.

Apresentação

O centeio é uma opção de cultivo de inverno no Brasil. Em relação aos outros cereais de estação fria, destaca-se pela rusticidade e capacidade de adaptação em condições de ambiente menos favoráveis. Pode ser usado tanto para alimentação humana quanto animal (grãos), além de apresentar potencial como planta forrageira (integração lavoura e pecuária) e para cobertura de solo.
O cultivo de centeio no País ainda está muito aquém das nossas potencialidades. As estatísticas oficiais dão conta que são ocupadas anualmente ao redor de quatro mil hectares com centeio. Há quem estime que essa área seja, pelo menos, o dobro (oito mil hectares), uma vez que muitas informações sobre cultivo de centeio ficam restritas no âmbito das propriedades rurais, não sendo formalmente contabilizadas nos levantamentos da produção agrícola brasileira.

De qualquer forma, há muito espaço para crescimento desse cereal no Brasil; especialmente na Região Sul (onde existem condições climáticas adequadas e tradição de cultivo). E a Embrapa Trigo está consciente deste fato e comprometida com a geração de tecnologia para que isso efetivamente se torne realidade.


Informações Técnicas


Descrição da planta

Centeio é classificado na Família Poaceae ("Gramineae"), Subfamília Pooideae, Tribo Triticeae, Subtribo Triticineae, Gênero Secale, e Espécie cereale (Mabberley, 1997). A forma cultivada caracteriza-se por possuir ráquis não quebradiço, grãos grandes e ciclo anual, enquanto as formas silvestres possuem ráquis quebradiço na maturação, grãos pequenos e hábito de crescimento perene.Em comparação com outras espécies de cereais de inverno, centeio apresenta maior desuniformidade quanto à espigamento, maturação e tipo de planta. Centeio caracteriza-se por ter espiga longa e flexível, duas flores férteis e dois grãos por espigueta, algumas lineares e uninervadas, e aristas curtas ou médias. Apresenta flores com três anteras grandes, que produzem muito pólen, e um pistilo com dois estigmas plumosos durante a antese. Centeio afilha menos que trigo, e as folhas são mais claras (verde-azuladas-acinzentadas). Os coleóptilos, as primeiras folhas, as bases dos colmos, os nós, as aurículas e as anteras, bem como a camada de aleurona dos grãos, geralmente apresentam coloração violácea. O espigamento é o mais precoce entre os cereais, porém o ciclo reprodutivo é longo.

Utilização

Em razão da rusticidade e da grande capacidade de desenvolvimento no inverno, mesmo sob condições moderadas de seca, centeio pode fornecer grãos para alimentação humana e animal, indústria de destilados, forragem para feno, silagem e pastejo, bem como palha para cobertura de solo, contribuindo para manter a matéria orgânica, reduzir perdas de solo por erosão e intensificar a penetração de água no solo e a retenção desta. Além disso, em virtude de efeitos alelopáticos (Rice, 1984), centeio pode ser largamente usado no controle de plantas daninhas. Na indústria de cosméticos e de colas, a farinha de centeio é aproveitada por suas características adesivas, conferida pela secalina.

Alimentação humana

A farinha de centeio é usada na fabricação de pães e biscoitos, diretamente ou em pré-misturas. É indicada para diabéticos, hipertensos e pessoas preocupadas em manter a forma física e para dietas alimentares (Nygren et al., 1984). A adição de pequenas quantidades de farinha de centeio em produtos produzidos com farinha de trigo auxilia a absorção de água, promove o volume e prolonga a vida de prateleira (Baier, 1994).
Por conter glúten, alimentos produzidos com esse cereal não devem ser usados por celíacos (pessoas com intolerância ao glúten) (Nygren et al., 1984). A porcentagem de carboidratos, proteínas, lipídeos, fibras e cinzas dos grãos de centeio não difere muito da de outros cereais de inverno (Baier, 1994). Entretanto, trata-se de um cereal de valor dietético, rico em fibras, sais minerais e aminoácidos essenciais, pobre em calorias e que se diferencia dos demais, por conter maior concentração de pentosanas (hemiceluloses ou glicoprotídeos), as quais, além de conferirem elevada viscosidade e serem responsáveis pela estrutura de pães de centeio, dificultam ou retardam a digestão, atrasando a absorção de nutrientes e reduzindo a conversão alimentar (Baier, 1994).Os grãos podem também ser usados na mistura de cereais matinais e em outros produtos dietéticos.

Alimentação animal

Os grãos de centeio possuem valor energético semelhante ao de outros cereais de inverno e valor nutritivo em torno de 85 a 90% do de grãos de milho e contêm mais proteína e nutrientes digeríveis do que os encontrados em aveia ou em cevada. Se misturados na ração, devem participar em proporções não superiores a 20%, em virtude da reduzida palatabilidade e da elevada tenacidade quando mastigado.De acordo com Baier (1988), a palatabilidade do centeio verde para bovinos aparentemente é muito atraente e não há informação sobre uma possível redução na conversão alimentar da massa verde ou palha. É recomendada a consorciação de centeio com outras forragens verdes, pois a adaptação a temperatura baixa e o rápido crescimento vegetativo tornam centeio uma ótima opção de cultivo, principalmente quando usado com outras gramíneas e leguminosas de inverno para melhor aceitação e para elevar a qualidade e a disponibilidade de forragem.


Informações Comerciais


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A Corretora Mercado é uma Corretora especializada na comercialização de centeio no Rio Grande do Sul , e está apta a oferecer a seus clientes todas as informações necessárias na comercialização deste produto. Primeiramente, o comprador deverá cadastrar-se junto à Corretora Mercado. Tão logo a Companhia Nacional de Abastecimento, o Banco do Brasil ou o Instituto Riograndense do Arroz divulgar Edital de venda o comprador poderá procurar a Corretora Mercado para emitir ordem de Compra, que será cumprida em sessão de pregão na Sala de Negociação da Bolsa de Mercadorias do Rio Grande do Sul em dia e horário estabelecido pelo Edital.

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Para a venda em Bolsa de Mercadorias, basta o vendedor interessado preencher cadastro e o formulário de Registro de Ofertante, autorizando a Corretora Mercado a ofertar seu produto em pregão público na Bolsa Brasileira de Mercadorias numa determinada quantidade e a um determinado preço mínimo. Ligue para a Corretora Mercado através do telefone (51) 3086-8700 que lhe enviaremos toda a documentação e esclarecimentos pertinentes a esta operação.

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Com uma larga experiência no segmento, a Corretora Mercado é especializada na comercialização de centeio no Rio Grande do Sul. Possuindo em seu quadro funcional agrônomos e técnicos, a Corretora Mercado tem a possibilidade de saber a real situação do grão comercializado. Alem disso, possui representantes nas regiões produtoras do Estado. Dando assim, todo apoio logístico e técnico a seus clientes. Garantindo a satisfação do produto comercializado.


 

Cotações Atuais

Produto Valor Variação
Cotações FOB
Arroz beneficiado R$ 245,00/Sc. 2,08%
Arroz em casca R$ 118,00/Sc. 0,85%
Café R$ 1.460,00/Sc. 2,82%
Canjicão de Arroz R$ 150,00/Sc. 0,00%
Cevada R$ 150,00/Sc. 0%
Farelo de Arroz R$ 760,00/Ton. 0,00%
Farelo de Soja R$ 1.850,00/Ton. -7,50%
Farelo de Trigo R$ 950,00/Ton. 15,85%
Feijão Preto R$ 310,00/Sc. 6,90%
Milho R$ 72,00/Sc. 0,00%
Quirera de Arroz R$ 107,00/Sc. 2,88%
Soja R$ 143,00/Sc. 7,52%
Sorgo R$ 55,00/Sc. 0,00%
Transporte R$ 24,00/Km 0%
Trigo R$ 1.150,00/Ton. -9,45%
Cotações CIF
Farelo de Arroz 850,00/Ton. 0,00%
Soja 135,00/Sc. -3,57%

*ICMS Excluso | À Vista | Preços no RS
Soja CIF corresponde a produto posto no porto de Rio Grande – RS
Soja FOB corresponde a produto na cidade de Passo Fundo - RS
Valores expressos em R$ (Reais)
Todas as cotações são FOB no RS, salvo se expressamentes sinalizadas CIF

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