Os contratos futuros da soja encerraram esta quinta-feira (31) em queda na Bolsa de Chicago, com pressão negativa causada principalmente pela ausência da China nos relatórios de compras e pelo temor de novas tarifas comerciais. De acordo com análise da TF Agroeconômica, o contrato de agosto, referência para a safra brasileira, caiu 0,62%, encerrando a sessão a US$ 961,75 por bushel. O contrato de setembro recuou 0,64%, cotado a US$ 969,50.
A queda nas cotações marca o quinto dia consecutivo de perdas. Apesar do avanço de 52,48% nas vendas acumuladas para exportação, a ausência da China — maior compradora global de soja — tem causado preocupação no mercado. Segundo Ben Potter, do portal Farm Progress, os Estados Unidos não registraram novas vendas de soja para a China com entrega no qSoja fecha em queda em Chicago com ausência da Chinauarto trimestre. A participação americana nas importações chinesas caiu drasticamente, de 31,7% em janeiro para apenas 6,2% em julho, enquanto o Brasil dominou 86,6% das compras chinesas em junho.
No mercado de derivados, o farelo de soja para agosto registrou alta de 0,42%, encerrando a US$ 261,8 por tonelada curta. Já o óleo de soja teve forte recuo de 1,63%, fechando a US$ 55,58 por libra-peso.
Outro fator que contribuiu para o viés baixista foi a expectativa com a entrada em vigor, nesta sexta-feira (1º), de uma nova leva de tarifas impostas pelo governo dos Estados Unidos, sob liderança do presidente Donald Trump. Essas medidas, altamente discricionárias, afetarão diversos países e produtos, podendo gerar impactos relevantes sobre o comércio internacional de commodities agrícolas.