Os preços do café trabalhavam com quedas moderadas nas bolsas internacionais na manhã desta terça-feira (29). Segundo informações da Reuters, negociantes destacam que uma queda nas temperaturas em partes do cinturão de café do Brasil aumentou as preocupações com a safra, enquanto o mercado também considerou a possível imposição de uma tarifa de 50% sobre os embarques do Brasil para os Estados Unidos.
Boletim do Escritório Carvalhaes aponta que as negociações do governo brasileiro com o governo americano não avançam, e o esforço maior nas negociações tem sido de empresas, torrefações e entidades americanas, que estão em Washington tentando isentar os cafés importados do Brasil das tarifas anunciadas pelo Presidente Trump. A colheita da nova safra brasileira 2025/2026 avança rapidamente e já passou dos 70%, porém, o benefício da nova safra de arábica preocupa, e os números apontam para uma quebra na renda acima da usual.
Perto das 9h (horário de Brasília), o arábica trabalhava com o recuo de 390 pontos no valor de 297,80 cents/lbp no vencimento de setembro/25, uma baixa de 385 pontos no valor de 290,80 cents/lbp no de dezembro/25, e uma desvalorização de 285 pontos negociado por 285,20 cents/lbp no de março/26.
O robsuta registrava a perda de US$ 25 no contrado de setembro/25 no valor de US$ 3,333/tonelada, uma queda de US$ 36 no valor de US$ 3,272/tonelada no de novembro/25,
e uma baixa de US$ 43 no valor de US$ 3,234/tonelada no de janeiro/26.
Previsão do Climatempo mostra que a semana começa sob influência de uma frente fria no centro-sul do país, sistema que deve espalhar instabilidades sobre áreas produtoras de café entre o Paraná, São Paulo, Minas Gerais (entre o Sul), Triângulo Mineiro e Zona da Mata. As chuvas devem ocorrer na forma de pancadas pontuais sobre estas áreas. Apesar do frio, por enquanto não há previsão para geadas.