Segundo informações divulgadas por Sérgio Cardoso, diretor de operações na Itaobi Representações, com base em dados do Instituto Rio Grandense do arroz (IRGA), a colheita da safra 2024/25 no Rio Grande do Sul já atinge 91,51% da área cultivada. A produtividade média estimada é de 9.022 kg/ha — a maior dos últimos anos. Caso essa média se mantenha até o fim do ciclo, a produção total poderá superar 8,75 milhões de toneladas de arroz em casca.
O avanço da colheita é liderado por regiões tradicionalmente fortes na rizicultura gaúcha. A Fronteira Oeste já atingiu 98,9% da área colhida, seguida pela Planície Costeira Externa (97,5%), Planície Costeira Interna (95,8%) e Zona Sul (84,1%). A Campanha apresenta 81,3% e a Região Central, 76,5%. Os dados demonstram um ritmo acelerado e eficiente de colheita, favorecido pelas boas condições climáticas e pelo empenho dos produtores.
Apesar do resultado positivo, Cardoso alerta que a produtividade, por si só, não garante rentabilidade. O desafio agora está no escoamento da produção, na estratégia de comercialização e nos possíveis impactos das mudanças trazidas pela reforma tributária. A competitividade do setor depende da capacidade de planejamento e da articulação entre os elos da cadeia produtiva.
O cenário reforça a importância de políticas públicas e iniciativas privadas voltadas à logística, armazenagem e inteligência de mercado. “Os dados reforçam o excelente desempenho da safra, mas também exigem atenção para os próximos passos: escoamento, comercialização e impactos da reforma tributária. Produtividade não basta. É preciso transformar colheita em competitividade e isso começa por planejamento estratégico em toda a cadeia”, comenta.
