Após uma semana de valorização, os preços do café iniciaram esta semana em queda, pressionados pelo avanço da colheita no Brasil, que aumenta a oferta e gera recuo nas cotações internacionais. Segundo análise da StoneX, apesar da forte volatilidade, os contratos futuros encerraram a semana passada em alta, revertendo as perdas acumuladas anteriormente. O movimento foi impulsionado pelas preocupações com a tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, o que inclui o café e pode afetar diretamente as exportações do país.
O café arábica para setembro fechou cotado a US¢ 303,6 por libra-peso, com alta semanal de 6,0%. A medida protecionista norte-americana elevou a percepção de risco no mercado, gerando especulações sobre uma possível redução da oferta brasileira no comércio global. Já o café robusta também apresentou desempenho positivo. A maior parte dos ganhos ocorreu na segunda-feira (14), com valorização de 9% diante dos mesmos temores sobre as barreiras tarifárias americanas que impactam diversos países exportadores.
Nos dias seguintes, o mercado passou por ajustes, mas o contrato de robusta com vencimento em setembro de 2025 encerrou a semana em USD 3.348 por tonelada, acumulando alta de 4,1%. Apesar do cenário altista recente, o avanço da colheita no Brasil, especialmente em regiões produtoras de arábica, começa a pesar sobre as cotações, sinalizando possível tendência de baixa nos próximos dias, à medida que a oferta se normaliza no mercado físico. As informações foram divulgadas pela consultoria na última segunda-feira.