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Soja - Depois de queda em 2015, exportação para a China volta a crescer em 2016
Data: 27/5/2016

As vendas para a China renderam 17% a mais para o Brasil nos quatro primeiros meses deste ano. No mesmo período, o volume exportado aumentou 30%, puxado pelo incremento nos embarques de produtos básicos.
No total, produtores e empresários brasileiros receberam US$ 11,268 bilhões dos chineses em quatro meses. O volume de vendas já supera os 87 bilhões de quilos, segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).

A alta do valor dos embarques, na comparação com 2015, reverte a trajetória de queda nos ganhos com as exportações. Na comparação entre o ano passado e 2014, as vendas tiveram retração de 12% no rendimento.

Essa diminuição, no ano passado, pode ter feito parte de um movimento cíclico, já que a demanda nunca é totalmente constante , disse Renata Amaral, consultora da Barral M Jorge. Segundo ela, a China sempre vai precisar de commodities e o mercado do gigante asiático está distante do esgotamento .

A venda de produtos básicos rendeu US$ 9 bilhões para o Brasil nos quatro primeiros meses de 2016, ante US$ 7,7 bilhões no primeiro quadrimestre do ano passado.

Entre janeiro e abril, a venda de soja, principal produto negociado com os chineses, teve alta de 48% em valor e de 60% em volume, na comparação com igual período do ano passado. Em 2016, já foram obtidos US$ 5,8 bilhões com os 16 bilhões de quilos exportados do grão.

Além da soja, o crescimento do volume exportado também foi registrado nos embarques de minério de ferro e petróleo, segunda e terceira principais mercadorias nas trocas com os chineses. Entretanto, o valor destas vendas recuou na comparação com o ano passado.

Já o rendimento das exportações de produtos industrializados cresceu em 2016. Entre janeiro e abril, foram recebidos US$ 2,2 bilhões com embarques de semimanufaturados e manufaturados, frente a US$ 1,9 bilhão em 2015.

Outro fator importante para o avanço das negociações com os chineses foi a desvalorização da moeda brasileira, lembrou Amaral. Ela também adiantou que as exportações podem crescer ainda mais nos próximos meses. Vemos que o [ministro da agricultura] Blairo Maggi vai viajar para a China. Ele deve falar em nome de vários setores e promover as vendas brasileiras , completou.

Por outro lado, as importações brasileiras da China despencaram em 2016. Com a desvalorização cambial e a retração econômica, as compras do Brasil tiveram queda de 40% em valor e de 33% em volume no primeiro quadrimestre. Os principais produtos importados foram barcos ou guindastes e partes para aparelhos de telefonia.

Conjuntura

Sobre a atual situação do país asiático, Caio Megale, economista do Itaú Unibanco, ressaltou a reação político-econômica do governo chinês após os sustos do começo deste ano, causados pelas fortes quedas no mercado de capitais. Em geral, acho que a China pode ser um risco se a economia local desacelerar mais rápido. Mas a tendência, agora, é de estabilidade , acrescentou o entrevistado.

Em almoço com jornalistas, Megale apresentou as últimas análises macroeconômicas do Itaú para o Brasil. E em relação ao comércio exterior, foram destacadas menores preocupações com a China e a recuperação nos preços dos produtos básicos .

O provável crescimento da taxa de juros nos Estados Unidos, porém, pode afetar o País no curto prazo. Um dos impactos seria a valorização do dólar frente ao real. Para o Itaú, a moeda americana deve custar R$ 3,75 no final de 2016.

Entretanto, Megale ressaltou que a elevação dos juros nos EUA indica que a economia do país tem, hoje, uma saúde melhor . Os Estados Unidos são uma locomotiva para a economia global, puxam o crescimento de todo o mundo. Juro a zero lá [nos EUA] não pode ser uma coisa boa, é um sinal de que algo está errado .

Sobre a previsão para a taxa de câmbio neste ano, Megale afirmou também que o valor pode variar entre R$ 3,40 e R$ 4. O primeiro cenário seria possível se os ajustes fiscais no Brasil forem promovidos e se a economia global não enfrentar grandes dificuldades. Caso contrário, poderia valer a segunda possibilidade. Ele ressaltou, ainda, que as grandes ondas cambiais já aconteceram e o cenário para a moeda brasileira é mais previsível .

Fonte: DCI - SP
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