A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) reduziu a estimativa da produção da soja em Mato Grosso para 50,603 milhões de toneladas na safra 2015/2016, que equivale a perda de 6% do volume previsto na primeira análise, divulgada em outubro.
Os números do quinto levantamento foram divulgados ontem, 4, e também apontam a redução de 2,1% na comparação com a safra 2014/2015, caso a produção de Mato Grosso feche na casa dos 50,603 milhões de toneladas, confirmando a quebra de produção
Segundo a avaliação da Conab, a queda é resultado da instabilidade climática, que vinha sendo registrada no Estado desde o último trimestre do ano passado, quando teve início o período de plantio.
Condição que atrasou o plantio, encerrado somente na primeira quinzena deste ano, e também tem atrasado a colheita - de acordo com o Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Aplicada), apenas 2 milhões de toneladas (8,2%) estão colhidos até o momento.
"Isso [produção em fase de lavoura] se deve à identificação particularmente no médio norte e no meio e sul do Vale do Araguaia. O forte atraso no plantio causou situações distintas".
A companhia explicou que no período do quinto levantamento de dados, no começo de janeiro, a atividade estava em fase replantio, o que levou os coletores de informações a estimar percentual mais alto de segundo semeadura do que realmente vinha ocorrendo. Isso sinaliza redução da área estimada para plantio.
A segunda tendência observada agora foi que os produtores não assumiram riscos a plantar a lavoura quando as chuvas estivessem estabilizadas. "Ainda uma terceira situação foi que a aposta dos produtores em acreditar no forte potencial de recuperação da oleaginosa e não promover replantios", pontua.
Mesmo com a redução na estimativa a produção de Mato Grosso continua a representar um quarto do montante nacional, que deverá apresentar crescimento de 1,3% na safra 2015/2016.
Segundo a Conab, o volume de soja produzida deverá chegar a 210,269 milhões de toneladas, número que também teve recuo (-0,65%) na comparação com dados do primeiro levantamento.
Fonte: Folha do Estado - MT
