O dólar recuou pelo segundo dia consecutivo e atingiu novo piso no ano ontem, ao fechar cotado a R$ 3,9005, queda de 0,39%. Apesar da volatilidade dos preços do petróleo durante todo o dia, o cenário internacional favoreceu o resultado, que esteve em baixa também ante outras moedas pelo mundo.
Na mínima do dia, ainda na primeira hora de negociação, o dólar chegou a R$ 3,8465 (-1,77%), com os mercados monitorando indicadores internacionais e análises sobre política monetária nos EUA e na Europa. Segundo especialistas, boa parte da queda foi gerada pela redução de posições compradas das tesourarias bancárias.
Entre os destaques internacionais, a União Europeia reduziu projeções de crescimento e inflação na zona do euro e destacou a desaceleração nos mercados emergentes, entre eles a China, e questões geopolíticas, como a falta de um acordo sobre a crise dos refugiados, que pode prejudicar mais a economia da região. Nos Estados Unidos, a produtividade da mão-de-obra caiu 3% no quarto trimestre de 2015 ante período anterior, contra previsão de recuo de 2%. Os pedidos de auxílio-desemprego nos EUA subiram 285 mil na última semana, mais que os 278 mil esperados, e as encomendas à indústria cederam 2,9% em dezembro ante novembro, ante previsão de diminuição de 2,8%.
A queda do dólar acabou perdendo força no início da tarde, quando algumas posições compradas foram recompostas, com tesourarias aproveitando os valores atrativos. Na máxima do dia, o dólar negociado no mercado à vista atingiu R$ 3,9045 (-0,29%). A cautela com o cenário interno, mais uma vez, foi a justificativa para uma postura mais defensiva do investidor. Embora não tenham efeito direto sobre as cotações, os investidores citam como fatores de cautela o possível rebaixamento do rating brasileiro pela Moody s e a derrota sofrida pelo governo na Câmara dos Deputados na votação da Medida Provisória 692/2015, que eleva a tributação sobre ganhos de capital para pessoas físicas e jurídicas.
Já a Bolsa voltou a fechar em alta ontem, pela segunda sessão consecutiva, e retomou o patamar de 40 mil pontos. A recuperação das commodities no exterior e o fluxo comprador principalmente por parte de estrangeiros sustentaram os ganhos na sessão. A Bovespa terminou com elevação de 3,11%, aos 40.821 pontos. Na mínima, marcou 39.589 pontos (estabilidade) e, na máxima, 41.444 pontos (+4,69%). No mês, acumula ganho de 1,03% e, no ano, queda de 5,83%. /Estadão Conteúd
Fonte: DCI - ONLINE - SP