Adecisão sobre o novo preço mínimo do arroz ficou para o dia 14, quando se espera que a ministra Kátia Abreu bata o martelo sobre a questão. Em reunião ontem, na Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Conab e Federarroz mantiveram as posições divergentes relativas aos custos variáveis de produção.
Depois de destacar que os números passaram por "severa" revisão técnica, o secretário de Política Agrícola da Conab, Marcelo Intini, reafirmou a defesa de um reajuste dos atuais R$ 27,25 para R$ 29,67. Apesar da contrariedade, o presidente da entidade, Henrique Dornelles, garantiu que não irá desistir da luta por um preço mínimo de pelo menos R$ 31,48. "Eu não vou deixar de brigar. Estou convencido de que o cálculo não reflete a realidade do setor. Os inúmeros estudos que temos me dão a confiança de seguir lutando", afirmou.
Para o dirigente, "a notícia boa" do encontro foi o compromisso assumido pela SPA de interceder pelos arrozeiros junto aos bancos. "Eles se comprometeram a negociar com os bancos para que sejam mais brandos com o produtor, no sentido de facilitar acordos de prorrogação do pagamento das dívidas e para que não restrinjam o acesso ao crédito", destacou.
Proponente da reunião, o deputado Luis Carlos Heinze lamentou a indefinição. "O tempo está passando e o impasse continua.
Eles têm R$ 29,67 e nós, R$ 31,48. Ao menos marcamos posição. Ficou o pleito. Vamos ver agora o que acontece no dia 14", disse.
Por meio de sua assessoria, a Conab afirmou que os R$ 31,48 identificados como custos variáveis de produção, no levantamento de março deste ano, devem entrar em vigor só na safra 2016/2017.
SPA assumiu compromisso de interceder pelos arrozeiros junto aos bancos.
Fonte: Correio do Povo - RS