São 176 corretoras em nove estados A Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM) se desvinculou da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F-Bovespa) e está assumindo um novo formato de administração e atuação nacional, ágil e descentralizado. As mudanças começaram em novembro de 2014 com a negociação dos títulos patrimoniais. Mudanças no mercado, perfil de produtos e restrições aos contratos com o governo federal desde que a Bolsa de Futuros se tornou sociedade anônima, inviabilizaram a parceria iniciada em 2002. Na última sexta-feira, dia 15 de maio, Giuliano Ferronato, da Corretora Mercado, de Porto Alegre (RS), foi eleito presidente do Conselho de Administração da BBM. O conselho é formado por sete representantes dos estados do Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais e Paraná. O vice é João Paulo de Azevedo Lefréve, de São Paulo (SP). Na nova estrutura organizacional extinguiram-se as vice-presidências e as regionais da Bolsa.
Algumas mudanças já podem ser sentidas. “O corretor credenciado pode operar em qualquer sala de pregões em todo o Brasil”, explica Ferronato. Na prática, estão mantidas as nove instituições criadoras da BBM: as bolsas de mercadorias do Ceará, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, de São Paulo, a matriz – também em São Paulo – e de Uberlândia (MG). A gaúcha representa 68% do faturamento. Em 2014 as bolsas de mercadorias movimentaram R$ 1,2 bilhões em negócios. Atualmente, 176 corretoras são integrantes da BBM, com 26 títulos em carteira para serem negociados de acordo com o interesse de corretoras e da Bolsa. mas há expectativa de novidades num futuro próximo. A nova estrutura permite, por exemplo, fechar agências em regiões deficitárias e abrir novas representações. Mato Grosso do Sul e Tocantins estão na fila.
PRESIDENTE O presidente da BBM, Giuliano Ferronato, 44 anos, é natural de Farroupilha (RS). Diretor da Corretora Mercado, de Porto Alegre (RS), terá mandato até abril de 2017. É formado em Administração pela PUC/RS e pós-graduado em Marketing, Integração Econômica e Comércio Exterior pela Fundação Getúlio Vargas. Já foi vice-presidente regional, entre outros cargos que ocupou na Bolsa, experiência que lhe garantiu a eleição. Ele destaca planos de desbravar novos mercados, consolidar a estrutura e fortalecer a Bolsa e corretoras. “Precisamos capacitar os corretores e mostrar ao mercado o nosso diferencial, além da capilaridade no território nacional”, enfatiza. Com maior poder de decisão, os corretores buscarão mecanismos que também facilitem a vida de seus clientes, mantendo a mesma transparência e credibilidade histórica da instituição.
Conselho de Administração:
Presidente: Giuliano Ferronato - Rio Grande do Sul
Vice-Presidente: João Paulo de Azevedo Lefévre - São Paulo
Conselheiros efetivos:
Bernardo Coutinho Souza Lima - Minas Gerais
Cristiane Canet Mocellin - Paraná
Jair Almeida da Silva - Rio Grande do Sul
José Raimundo dos Santos - Bahia
Manoel da Cruz Neto - Minas Gerais
Fonte: BBM